Caro leitor. A primeira impressão é uma estranheza sobre tal ação com impacto à nossa admissão. Entretanto, dê-me o voto de confiança até o término deste artigo.
Indiferente de ter sido demitido ou ter pedido demissão, a partir de agora a nossa fonte de renda (entrada de recursos) secou e se continuarmos com o nosso ritmo de vida, acabaremos com nossas reservas financeiras e provocaremos uma tensão desnecessária sobre a nossa competência. Competência essa que será colocada a prova todas as manhãs quando levantarmo-nos para procurar um emprego.
Este é o primeiro conceito de sobrevivência e não uma ação para a conquista de uma oportunidade. Pois precisaremos de condições para desempenhar as nossas habilidades e obter uma chance no mercado de trabalho.
Neste momento, precisamos diminuir ao máximo as forças internas e externas que podem pulsar contra a nossa pró-atividade. Logo, basta-nos a dificuldade de estar desempregado.
Se agora temos contas para pagar, busque pagá-las com os recursos que tem guardado. Se não tiver, procure desfazer de algum bem de pequeno valor para honrá-las. Se ainda não tiver, trabalhe para os seus credores. O importante é não manter débitos com terceiros que possam fazê-lo perder noites de sono ou então viver “às escondidas” para não ser cobrado.
Evite as despesas com viagens, passeios ou despesas supérfluas. Agora temos que gastar o mínimo possível, pois não sabemos quanto tempo iremos ficar nesta situação (sem entrada de recursos).
O seguro desemprego deve ser aproveitado para manter as nossas necessidades básicas e não como fonte de renda extra. Mas viva como se não fosse depender dele e se isso lhe proporcionar uma sobra de dinheiro até conseguir um trabalho remunerado, utilize-o para festejar a conquista – posteriormente.
Se for pedir demissão, certifique-se de que tem recursos suficientes para viver, pelo menos, o dobro do tempo que pretende levar para conseguir outro emprego. E conte com a possibilidade de não desempenhar um bom papel na próxima empresa e acabar ganhando menos do que está ganhando na atual.
Não tenha orgulho de reduzir o estilo de vida que levava, pois a vida segue a roda da fortuna: uma hora está por cima e outra hora está por baixo. Quanto mais cedo compreender isso, menos dispêndio financeiro terá.
Pense como uma empresa: o que a faz ter lucro não é o volume de entradas (receitas) que ela tem, mas o baixo volume de saídas (despesas) que ela consegue ter. Logo, se eu ganho (tenho) cem reais, as minhas despesas não podem ultrapassar este valor. É a capacidade de reter recursos.
Por fim, o nosso maior patrimônio é o nosso nome e não podemos deixá-lo cair no demérito porque não conseguimos cumprir nossas obrigações financeiras.
Lembre-se: talvez você esteja perdendo a chance de conseguir uma boa renegociação da sua dívida porque está com vergonha de sentar e renegociá-la. E isso não lhe deixa tranqüilo para conquistar uma oportunidade no mercado de trabalho.
JR MIQUELIN Graduado
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JORNAL TRIBUNA DO NORTE. Caderno Empregos & Cia. Ano I, n 15, pág. 03. OUT 14, 2009.