Outro pilar é o saber que se fosse fácil conquistar tal vantagem qualquer um poderia fazê-la. Mesmo assim, sempre haveria alguém que se sobressairia – voltando à compreensão acima.
É certo que ninguém nasce sabendo, mas todos têm habilidades natas chamadas talentos que, quando trabalhados, produzem melhores resultados do que se encontram normalmente, dando-lhes vantagens sobre outras pessoas. Para Thomas Edison (1847-1931), “talento é 1% inspiração e 99% transpiração”, e também é sabido que há pessoas que se tornaram vencedores devido à preparação/qualificação e algo que poderia ser chamado de alma do vencedor por ser profundamente enraizado.
A preparação/qualificação é composta por disciplina, dedicação, foco, persistência, planejamento e muito trabalho enquanto que esta alma é formada por determinação, superação, desejo ardente, coragem, responsabilidade e doação. Assim, entende-se que a preparação/qualificação pode ser feita por qualquer competidor, mas a alma do vencedor é que o faz se sobressair aos demais e é difícil de ser desenvolvida.
Compreende-se que um grande competidor produziria resultados difíceis de serem feitos por qualquer outro e, desta forma, se manteria sempre competitivo. Entretanto, aquele competidor que tem a verdadeira alma do vencedor estaria sempre à sua frente, mesmo que seja por apenas segundos de diferença. Mas, eis que surgem os vencedores natos que se preparam/qualificam, têm a alma do vencedor e a habilidade nata para aquela atividade. Assim, estarão sempre à frente dos demais mesmo que seja por apenas milésimos de diferença.
Mas não pára por aqui: todas as pessoas têm o que poderia ser chamado de modo de sobrevivência e, quando ligado, produzem resultados inexplicáveis e sua capacidade é quase ilimitada, podendo ser contida por apenas a soma de outras tantas forças trabalhadas
Quando se olha para o todo, é visto que as qualidades dos produtos e serviços são equivalentes e a disputa para elevar a fatia de mercado é tão competitiva que as melhores empresas quebram, as sobreviventes são as que possuem excelência no que fazem e as que ressurgem das cinzas entraram no modo de sobrevivência.
Também encontramos estes modelos entre as pessoas ativas ou não no mercado de trabalho; competitivas, com habilidades natas e raras sob o modo de sobrevivência. Porém, neste ambiente é possível encontrar mais um personagem: os que escolhem perder.
Estes últimos são acomodados; invejosos; maldosos; julgam-se espertos demais e evitam qualquer tipo de esforço; mentirosos; querem que melhorias aconteçam, mas não promovem nada proveitoso; críticos; sonham com grandes prêmios de loteria para não trabalhar; vêem-se com a razão enquanto que os demais são sempre inferiores a eles; querem emprego, mas não trabalho; têm baixa qualificação; seus currículos mostram alta rotatividade por empresas quando é verdadeiro; sempre estão tirando vantagem de alguma forma; etc.
Admirar um vencedor é reconhecer seu trabalho, mas a idolatria, intrinsecamente, dá a entender que está assumindo o perfil de incompetente, porque não há vencedor eterno. E a história mostra que por mais que alguém a marque com algo revolucionário terá seu mérito e admiração registrados, mas ainda assim será superado por alguém que realmente quer promover sua melhoria – não importa quanto tempo passe.
Há um conceito registrado: se todo o dinheiro do mundo fosse dividido igualmente à todas as pessoas, em pouco tempo retornariam para as mãos de alguns poucos. Isso é devido ao querer se tornar um vencedor na vida, pois para eles desistir não é uma opção.
JORNAL TRIBUNA DO NORTE. Caderno Empregos. Ano XXII, nº 6.532, pág. B4. NOV 14, 2012.