Como se não bastasse estar sendo substituído devido ao conhecimento ultrapassado ou a baixa produtividade diante dos novos concorrentes às vagas de emprego, o atual e futuro profissional que não queira se aventurar em empreender também tem e terá a ameaça de ser desempregado pela eficiência e/ou eficácia das novas tecnologias – algo que só tende em aumentar a cada dia.
Nos Estados Unidos da América, a tecnologia está eliminando empregos em uma velocidade maior do que os está criando, segundo estudos de Erik Brynjofsson, diretor do Centro para Negócios Digitais do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, publicados (edição julho/agosto de 2013) na MIT Technology Review. Desde a Segunda Guerra Mundial até o ano 2000, a produtividade foi aumentada, gerando o crescimento econômico e empregando mais profissionais. Depois desse período, o aumento produtivo continuou, mas a criação de novos postos de trabalho diminuiu violentamente. No setor bancário houve uma queda de 82% na criação de empregos em 2012 com relação ao ano anterior.
Áreas como medicina, educação, financeira, agropecuária e marketing estão sendo as mais afetadas pelas novas tecnologias. Hoje em dia, computadores otimizam o trabalho médico cirúrgico em 50% do tempo com eficácia em muitos casos. A Educação a Distância (EDA) tem ampliado o market share das entidades educacionais estreitando distância e mantendo a qualidade do ensino com menores investimentos. O sistema bancário atual promove a convergência do autoatendimento do cliente sem o contato físico nas agências em muitas operações cotidianas. Hoje, uma nova colheitadeira de algodão pode substituir o trabalho de até seis homens. E as empresas criam inúmeras estratégias para a venda online como também usam as pesquisas de consumo em redes sociais por estarem sendo mais preciosas do que as tradicionais.
É claro que a capacitação do profissional para manusear as novas tecnologias sempre será essencial. Entretanto, a aptidão, vontade, oportunismo e visão desses candidatos serão diferenciais para serem escolhidos na ocupação dessas vagas. Se, hoje, os ruins e medíocres estão sendo dispensados, amanhã os exímios resultados dos maquinários também demitirão aqueles que geram apenas bons resultados. Os que proporcionam ótimos ou excelentes resultados terão maior tranquilidade para fazer sua gestão de carreira profissional neste ambiente.
[Se para Albert Einstein (1879-1955), físico teórico alemão, Prêmio Nobel de física de 1921, eleito em 1999 como o mais memorável físico de todos os tempos, “tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade”, quanto mais o é hoje em dia e o será a partir de agora.]
JORNAL TRIBUNA DO NORTE. Caderno Empregos. Ano XXII, nº 6.828, pág. B4. NOV 06, 2013.