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FEEDBACK

  

            Durante um estudo feito pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos da América, notou-se que um feedback (comentário ou opinião de outra pessoa) mal estruturado feito à uma pessoa despreparada para recebê-lo pode produzir um impacto negativo em sua carreira até sete vezes mais forte do que um elogio. A pessoa passa a ter um rendimento menor devido à desmotivação consequente dessa desastrosa combinação ao invés de usar a oportunidade para seu próprio crescimento.

            Foram citados oito comportamentos que o profissional não deve ter ao receber qualquer tipo de feedback, sendo eles: 1) não levar para o lado pessoal e não guardar ressentimento; 2) não tentar se justificar com fatores externos; 3) não evitar o diálogo; 4) não criticar o comportamento da outra parte, porque você é o foco; 5) não assumir incompetência devido à crítica; 6) não se irritar ou responder de forma agressiva; 7) não ignorar a opinião da outra pessoa ou fingir concordância; 8) não perder o autocontrole emocional.

            Abraham Lincoln (1809-1865), 16º presidente dos Estados Unidos da América, disse certa vez: “só tem direito de criticar aquele que pretende ajudar”. E segundo Norman Vincent Peale (1898-1993), escritor estadunidense de teorias sobre o pensamento positivo, “o mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica”.

            Embora haja conforto na mesmice, é preciso desejar o confronto das mudanças que podem ser apresentadas através do feedback. E mesmo que em primeira vista esse possa parecer uma crítica, a real mensagem da outra parte é intrinsecamente colocada como uma ajuda ao apresentar uma oportunidade de mudança para melhor.

            Leva-se em consideração que nem toda opinião dada está correta, mas a ação de querer ajudar através de um comentário sadio denota importância ao outro. Esse retorno positivo ou negativo sobre o que foi ou está sendo feito é importante para redirecionar o autor para o melhor desempenho.

            Sendo conselho, opinião, comentário ou crença, só são apresentados se houver interesse em ajudar, porque àquilo que não tem valor também não há vontade de melhorá-lo. E se não há vontade de ajudar basta se abster, pois a depreciação pode ser aceita como inveja.

            Quem deve preocupar é a pessoa que opta pelo silêncio a reclamação ou contestação. Cônjuge, cliente, filho, amigo, colaborador, aluno, etc., que insistem na razão é porque querem dar continuidade na relação, porque se não o quisessem abandonariam o diálogo.

            Enquanto houver feedback positivo ou negativo é porque há interesse entre as partes, pois quem deixou de se importar não quer mais saber e nem fazer parte ou tentar melhorar alguma coisa.

JORNAL TRIBUNA DO NORTE. Caderno Empregos. Ano XXII, nº 6.788, pág. B4. SET 18, 2013.

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