/ Artigos

MATURIDADE PROFISSIONAL

 Salvo as exceções, até os 25 anos de idade as pessoas vivem a juventude no meio profissional, indiferente se começaram a trabalhar com 10 ou 18 anos. Para facilitar o entendimento, é dizer que elas, cada uma com sua capacidade, vivem os estados encontrados no Código Civil, sendo absolutamente incapazes para os menores de 16 anos, relativamente capazes para os maiores de 16 e menores de 18 anos, e absolutamente capazes para os maiores de 18 anos.

            Entretanto, é notório que os estados citados têm leve alteração no ambiente profissional, sendo absolutamente incapazes até os 18 anos, relativamente capazes para os maiores de 18 e menores de 25 anos, e absolutamente capazes para os maiores de 25 anos – mais uma vez, salvo as exceções.

            Este princípio tem como embasamentos a capacidade assertiva na escolha e conclusão do curso de graduação; início dos trabalhos profissionais na área estudada; comprometimento e responsabilidade com os objetivos pessoais e profissionais; aptidão para assumir cargos de média hierarquia profissional; princípios e valores mais amplos com familiares, parentes e futura família que deseja constituir.

            Não se pode confundir o atingir a maturidade com o sucesso profissional, pois o primeiro é ter um perfil que possa ser considerado profissional e o segundo é o cumprimento dos objetivos e metas há tempos traçados.

            Com cada nova geração, percebe-se que os jovens estão mais espertos e precoces, mas também impulsivos e ansiosos. Os dois primeiros são bons e os últimos são determinante na permanência ou superação do estado juvenil profissional.

            A transcendência da juventude profissional pode acontecer em qualquer idade e os que a fazem de maneira precoce são vistos como exceções, porque a maioria segue o conceito citado acima. Por isso é que existem empresários, autônomos e líderes com menos de 25 anos, mas a maioria das pessoas ainda está planejando o que será quando crescer. E há tantas outras acima dos 40 anos que até agora não o sabem.

            As empresas sentem isso com a maior clareza que se pode ter, porque elas sempre estão avaliando os possíveis candidatos internos e externos para assumir seus postos de comando.

            Aqueles que não atingiram a maturidade profissional – e até mesmo a pessoal – poderiam ser vistos como pessoas sob a síndrome do Peter Pan. Isto é, não perceberam ainda que estão em outro estágio de vida e insistem em se comportar como jovens desleixados.

            A diferença é tênue para quem não conhece o histórico desses profissionais. Na maioria das vezes, os imaturos assumem postos de comando e logo os perdem porque não estavam realmente prontos para os mesmos - por mais que se considerassem merecedores e aptos para assumi-los.

            O imediatismo e a insatisfação os corroem e acabam por não perceber as manchas que fazem com seus históricos profissionais e que, no futuro próximo, serão impeditivos ao mérito necessário para serem promovidos.

                        Algumas características dos imaturos são: falta de comprometimento; dificuldade no cumprimento de políticas internas; falta de foco no trabalho e/ou estudos, substituindo-os por coisas de pouco valor; discussões desnecessárias; agem por impulso e não pela razão; egoísmo ao invés de altruísmo. E uma das primeiras características dos maduros é se sentir responsável pela empregabilidade de toda a cadeia produtiva e não apenas a sua própria, porque o insucesso deles pode afetar muitas famílias que dependem direta ou indiretamente do seu resultado.

 

JORNAL TRIBUNA DO NORTE. Caderno Empregos. Ano XXII, nº 6.515 , pág. B4. OUT 24, 2012.

Voltar