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O PERFIL DO PROFISSIONAL

 

            O comportamento profissional é estudado a mais de 30 anos com o intuito de ajudar as pessoas a identificar seus perfis. Uma vez conhecido, o trabalhador consegue monitorar seu comportamento e ajustá-lo em momentos de conflitos com outros profissionais.

            A competitividade capitalista pode atrapalhar as relações comerciais uma vez que a vitória de uma discussão não é objetivo a ser atingido.

            Estudos mostram cinco padrões de comportamento, sendo eles: competitivo, colaborativo, conciliador, cauteloso e condescendente. E todos possuem pontos fortes e fracos, mas quando dominados podem ajudar o trabalhador a evitar perdas durante uma discussão e até mesmo favorecê-la.

            O mundo do trabalho ensina que quando todos estão pensando a mesma coisa significa que ninguém realmente está pensando. Isto é: pessoas são distintas e é natural divergirem em opiniões. E isso é até saudável para o negócio, pois faz os envolvidos encontrarem brechas para erros difíceis de serem identificadas de maneira harmoniosa.

            Por outro lado, trabalhar em ambientes que parecem fronteiras militares também não favorece o negócio.

            Resolver conflitos de maneira rápida, garantindo sua posição, pode atender a urgência da empresa, mas desgasta os relacionamentos intimidando membros da equipe.

            Trocar informações entre todos os envolvidos gera aprendizado e fortalece as relações, mas ao ser muito participativo pode provocar vulnerabilidade e desgaste emocional.

            Encontrar uma solução conveniente para todos, mesmo que a satisfação seja parcial, promove concessões e opiniões de forma justa, mas pode perder a oportunidade de entender melhor todos os envolvidos e construir uma solução mais duradoura.

            Evitar ou adiar conflitos até encontrar o momento certo para fazê-lo, pode ajudar no uso das informações colhidas em um momento estratégico, mas sempre usar isso na gestão de conflitos pode provocar a perda de confiança da equipe.

            Ceder em favor dos interesses da outra parte pode gerar harmonia e cooperação, mas transmite a ideia de fraqueza ou falta de confiança.

            O desafio é conseguir fazer a leitura do problema, ambiente, envolvidos e momento para, depois, julgar a melhor postura à ser adotada no conflito que carece de decisão. Para isso, é bom escutar todas as partes enquanto se pensa nas possíveis perdas e ganhos ao assumir algum perfil.

Cada pessoa tem um perfil dominante, mas a habilidade flexível de adaptar-se ao ambiente tem sua origem no conhecimento sobre si mesmo. E, depois de se conhecer e saber se controlar, o ato de julgar e assumir a melhor postura para cada momento se torna mais fácil e assertivo.

JORNAL TRIBUNA DO NORTE. Caderno Empregos. Ano XXII, nº 6.722, pág. B4. JUNL 03, 2013.

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