Planejar é o ato de elaborar um roteiro de trabalho que serve como preparação e ordenação de cada ação a ser feita e seus devidos momentos para atingir o que se almeja. Ou seja: é escrever o que fazer, quando fazer, como fazer, por que fazer e quanto custará de tempo, esforço e dinheiro. Não é nada extraordinário ou complicado de se fazer. É apenas um simples plano de ação.

            Muitos sonham; vários desejam; poucos tentam; alguns se dedicam; e raros realmente planejam como conseguir o que querem.

            Poderia ser difícil construir uma casa sem uma planta arquitetônica. Talvez seja mais fácil fazer a mesma coisa sendo orientado por uma. Certamente a probabilidade de atingir o objetivo será maior e terá mais qualidade com a segunda opção.

            É sabido que dificilmente um planejamento para longo prazo não precisará de alguma correção/adaptação. Mas sem ele não saberá, ao menos, o caminho a ser seguido para conseguir o que pretende.

            Não é difícil encontrar pessoas que se graduaram em uma determinada função e não a exercem, perdendo, diariamente, conhecimentos adquiridos nos bancos de alguma universidade. Engana-se quem pensa que o conhecimento ou o tempo nunca são perdidos, sem contar o investimento aplicado no que se queria conseguir.

            A vida é curta demais para se esbanjar de tempo ocioso. E o planejamento ajuda a evitar a perda dele.

            É preciso pensar no que se quer e elaborar, no mínimo, um plano de ação. Isso combinado com a dedicação, disciplina e persistência aumenta significativamente as chances de obter o que se almeja.

            Não ter um planejamento para a carreira profissional é o mesmo que entrar em um táxi e deixar que o condutor o leve para onde quiser e ainda pagar por isso.

            Objetivos e metas podem até serem atingidos sem um planejamento adequado, mas a probabilidade é menor e exigem muito mais do individuo do que buscá-lo de maneira orientada.

            A orientação profissional mensura necessidades e desejos do interessado, estuda seu perfil, verifica as possibilidades e probabilidades de êxito no que se almeja, estuda alternativas para se conseguir os resultados, delimita o escopo do projeto atual, faz a EAP – Estrutura Analítica do Projeto, cronograma, plano de custos, riscos e respostas aos riscos, orçamento, etc. E é claro que isso custa tempo e dinheiro para se obter, porque quanto mais qualidade se exige, mais investimento é preciso e as chances de sucesso são maiores.

            Entretanto, qualquer pessoa interessada pode produzir e deve fazer seu próprio plano de carreira indiferentemente se este for simplório, porque valerá mais ter um simples plano do que nenhum.

            Na impossibilidade de investir em orientação profissional, qualquer folha em branco, um lápis e vontade de escrever o que deseja e como conseguir já será um bom começo de um plano de carreira.

JORNAL TRIBUNA DO NORTE. Caderno Empregos. Ano XXII, nº 6.776, pág. B4. SET 04, 2013.