Caro leitor. Uma vez reduzida nossas despesas fixas e zerando as variáveis, aumentando a nossa captação de informações e verificando toda e qualquer oportunidade que nos é apresentada ou identificada por nós, o próximo passo é visar oportunidades apresentadas nos concursos públicos.
Este tema também pode ser tido como uma obviedade, mas o conhecimento empírico mostra que há um descrédito nessa possibilidade uma vez que a concorrência é grande e a nossa falta de confiança equivale a esta grandeza.
Em contradição a isto, há o erro não observado cometido pelos eternos estudantes de cursinhos preparatórios para concursos. Estes se formam e, mesmo tendo trinta ou mais anos de idade, continuam na dependência dos pais, pois o objetivo é passar no concurso público mais concorrido e assim obter uma aposentadoria certa sob um trabalho fácil – outra ideologia míope.
Em outro extremo temos os aventureiros que tentam todos os concursos possíveis. Logo, trabalharão naquele que conseguirem passar. Desta forma, perde-se o foco da carreira e corre o risco de se tornar um profissional frustrado futuramente.
Mas há um número considerado de pessoas que obtêm êxito fácil em tais provas seletivas e possuem baixo desempenho em empresas privadas. Assim, seria uma atitude assertiva estabelecer uma meta atingível de ingresso em algum cargo público. Entretanto, é preciso ter maturidade para identificar tal habilidade e investir tempo e dinheiro para potencializá-la.
Desta forma, para conquistar tal oportunidade é preciso ter: a habilidade de desenvolver o seu conhecimento cognitivo (facilidade em aprender os estudos de cursinhos), um planejamento claro e desejável para um determinado cargo público (ter foco no que deseja e plano de carreira), disciplina e dedicação integral aos estudos para não despender anos sobre os livros, e perfil de funcionário público (desejo de estabilidade empregatícia ao invés de ambição econômica).
Os concursos são oportunidades reais para as pessoas que têm o perfil descrito, mas também podem ser para as pessoas que ainda não perceberam tais habilidades. Diante disso, é válido medir o seu potencial através de pelo menos um concurso que seja do seu interesse, pois poderia estar perdendo uma oportunidade por simplesmente não tentar.
Por fim, é preciso discernir entre a valia da dedicação aos estudos para desenvolver uma carreira no ambiente público e a imprudência de se tornar um homem de trinta ou mais anos inapto para o mercado de trabalho. Ora, envelhecer tentando passar em um concurso que há anos não consegue, está mais próximo de ser uma sandice do que dedicação. Mas não tentar ao menos algumas vezes é desprezar a oportunidade que lhe poderia proporcionar uma carreira profissional desejável.
JR MIQUELIN Graduado
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JORNAL TRIBUNA DO NORTE. Caderno Empregos & Cia. Ano I, n 17, pág. 10. NOV 04, 2009.