Caro leitor. Até agora, foi possível colher várias informações importantes para a elaboração do plano de promoção que sempre precisará de muita dedicação e um prazo médio ou até mesmo longo para ser realizado.
Após este planejamento, o projeto precisa ser conduzido de maneira coordenada para que cada etapa esteja de acordo com o tempo necessário para a execução. Logo, haverá tempo para se qualificar, atualizar as informações, trabalhar o potencial e apresentar os resultados. Às vezes, um retardo em algum momento do planejamento pode equivaler a várias etapas adiantadas. Ou seja, obedeça ao cronograma estabelecido e não seja ansioso.
Como um bom jogador de xadrez que se antecipa as possibilidades das jogadas, é preciso antever todas as ações e os possíveis resultados. Ora, de nada adiantará ter um ótimo resultado, mas não ter oportunidades ou meios para que ele seja apresentado e reconhecido. E este é o ponto atual: construir novos meios de comunicação e acessos aos ambientes que precisarão notá-lo, mas que ainda estão distantes de conhecê-lo.
A boa estratégia e execução sempre trarão sucesso aos que zelarem por elas. Desta maneira, a perspicácia do network será tão valiosa quanto os resultados que serão obtidos, pois o que será produzido precisará ser mensurado e perceptível aos homens que decidem quem poderá ser promovido ou não naquele setor ou empresa.
O estreitamento dos relacionamentos atuais ou a construção de novos que o conduzirão para uma notória apresentação é conhecido vulgarmente como Q.I. – Quem Indica no mundo corporativo – uma chacota análoga ao Q.I. – Quociente Intelectual que neste caso indica que até mesmo um incapaz poderia ter uma boa oportunidade pelo simples fato de ter trabalhado um belo network. O que é uma verdade lembrada por Rui Barbosa (1849-1923) em uma das suas eternas colocações: “Há tantos burros mandando em homens de inteligência que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência”.
Porém, não é saudável rotular-se como um incapaz tentando a sorte através do network, como também não é confortável pensar que tal ferramenta é falsamente oportunista. É preciso usá-la a seu favor, uma vez que ela foi desenvolvida para isso. Mas utilizá-la de maneira construtora e não como um meio especulador de conseguir algo através do chamado “jeitinho brasileiro”.
Lembre-se: quem sempre dá um “jeitinho” de conseguir as coisas não merece o reconhecimento dos idôneos. Então, construa a sua promoção e faça por merecer.
JR MIQUELIN MBA Administração, Finanças e Negócios pela ESAB e MBA Internacional em Gerenciamento de Projetos pela FGV – SP e University of California, Irvine – USA. Atua como Diretor Financeiro de um grupo empresarial e Escritor.
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JORNAL TRIBUNA DO NORTE. Caderno Empregos & Cia. Ano I, n 31, pág. 07. MAR 24, 2010.