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COLUNA PERGUNTAS E RESPOSTAS

“Estou procurando o meu primeiro emprego. Para isso, tenho os documentos necessários e feito cursos na busca de conhecimentos. Porém, sempre há o paradigma chamado EXPERIÊNCIA NA FUNÇÃO. Qual caminho devo usar para ter mais facilidade de quebrar esse paradigma?” Gilmar R. Coutinho.

 

Caro leitor. Paradigma vem do grego Paradeigma, que significa modelo ou padrão e é mais usado em termos científicos. Neste caso, ele reflete o benchmark (jargão corporativo que significa referencial de excelência) que as empresas utilizam para minimizar a probabilidade de erros na hora da decisão. Logo, é notório que uma pessoa que já tenha tido contato com a função a qual está se candidatando tem habilidades mínimas para desempenhá-la e o dispêndio de tempo (custo) para treiná-la será menor. Entretanto, também é sabido que ninguém nasce conhecedor de determinada função e para que isso se resolva é preciso uma oportunidade para nos desenvolver.

Compreendendo isso, o que nos falta é conquistar tal oportunidade. E como fazer? Penso ser necessária, primeiramente, a venda da idéia (por que o empregador deveria lhe dar essa oportunidade?), apresentação da sua enorme vontade de aprender (dedicação), alguma habilidade que possa lhe diferenciar dos demais concorrentes, e, o essencial, baixo custo, pois dificilmente alguém dedica o seu tempo para qualificar um desconhecido que não demonstra a certeza de que aproveitará o ensinamento.

Neste cenário é encontrado o modelo jovem aprendiz, criado pela Eletrobrás em 1997, e o trainee (estagiário). Ambos são oferecidos por várias empresas e contam com todos os direitos trabalhistas propostos por Lei. Em resumo, são ações para promover o primeiro emprego ao jovem, colocando o seu conhecimento cognitivo (adquirido por estudos) em prática ou desenvolvê-los de forma empírica (através da experiência).

Em muitos casos, há várias pessoas jurídicas que, devido às funções operacionais, preferem fomentar a contratação de estagiários para reduzir seus custos e ter o trabalho desenvolvido.

 Desta forma, é preciso identificar quais são essas empresas dispostas a oferecer tais oportunidades e se inteirar sobre o que elas estão pedindo como requisitos mínimos de conhecimento ou perfil. Ora, para se tornar uma secretária talvez seja necessária uma boa aparência e comunicação. Talvez para um estágio no setor financeiro precise conhecer os cálculos de juros. E para uma chance em um escritório de advocacia pode ser necessária uma boa redação.

Por fim, há muitos casos de oportunidades serem dadas aos mais necessitados, mas, primeiramente, os que as conseguiram tiveram que: vender a idéia de que realmente precisavam; comprovar a enorme vontade de aprender/trabalhar; ter algum diferencial dos demais, pois todos precisam desta oportunidade; e o essencial: baixo custo. Todavia, talvez o seu primeiro emprego seja uma oportunidade não remunerada em alguma entidade filantrópica. Um amigo que trabalha na empresa também poderá lhe indicar para a função.

Pense nisso, pois o importante é conquistar a oportunidade, porque a remuneração e a contratação serão conseqüências do seu bom desempenho.

 

JR MIQUELIN Graduado em Gestão Estratégica de Vendas pela UNOPAR, Gestão de Comércio Exterior pela FACNOPAR, MBA Administração, Finanças e Negócios pela ESAB e MBA Internacional em Gerenciamento de Projetos pela FGV e University of California, Irvine – USA. Atua como Diretor Financeiro do Grupo Costa Miquelin, Professor Universitário e Escritor.

 

Para maiores informações e consultas dos livros acesse o site www.jrmiquelin.com.br

 

JORNAL TRIBUNA DO NORTE. Caderno Empregos & Cia. Ano I, n 12, pág 11. SET 23, 2009.

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