/ Artigos

INSERÇÃO DO JOVEM NO MERCADO DE TRABALHO

  

 

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

 

PÓS – GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

 

GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

 

AVM FACULDADE INTEGRADA

 

INSERÇÃO DO JOVEM NO MERCADO DE TRABALHO

 

Monografia submetida ao curso de pós-graduação da Universidade Candido Mendes, como requisito obrigatório para obtenção de especialidade em Recursos humanos. Por: Juliana Ferreira dos Santos Lima


Resumo

 

 

Esta monografia tem como objetivo analisar as dificuldades enfrentadas pelos jovens referentes à busca do seu primeiro emprego. Com a intenção de abordar, os principais aspectos que levam aos desafios profissionais.

 

Nos capítulos serão abordadas informações através de dados bibliográficos e fontes de sites que relatam sobre os assuntos: inicio da trajetória do mercado de trabalho até os dias atuais, a grande importância da educação para as nossas crianças e a desigualdade social entre os jovens brasileiros.

 

Concluindo, que este trabalho possui a finalidade de demonstrar as adversidades que os jovens brasileiros possuem para conseguirem a empregabilidade, desde sua fase infantil até a sua fase adulta.

 

Metodologia

 

 

O estudo desse trabalho será realizado através revisão bibliográfica de livros, artigos acadêmicos, sites, que abordem o tema sobre a dificuldade do jovem em começar sua vida profissional. Alguns exemplos vivenciados na empresa em que eu trabalho, também acrescentaram na construção desta monografia.

 

Quanto aos livros usados para fundamentação teórica para essa pesquisa, destacam-se os seguintes autores:

 

Ignácio de Loyola Brandão (2011), Jr Miquelin (2008) e Marcio Pochmann (2007)

 


 

SUMÁRIO

 

INTRODUÇÃO

8

CAPÍTULO I

10

A DIFICULDADE DOS JOVENS, NA INSERÇÃONO MERCADO DE TRABALHO

1.1

- HISTÓRIAS DO MERCADO DE TRABALHO

11

1.2 – PROJETOS SOCIAIS

13

1.3

– TEMPO X EMPREGO

15

CAPÍTULO II

19

EDUCAÇÃO É A SOLUÇÃO PARA OS JOVENS

 

2.1

- TRABALHOS PRECOCES, FUTURO MAIS POBRE

22

2.2

– JOVENS QUALIFICADOS, PORÉM SEM EMPREGO

23

CAPÍTULO III

26

CONCORRÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO ENTE JOVENS DE CLASSES

DIFERENTES

 

3.1 - DESTINAÇÕES DAS RENDAS

28

3.2 - INFLUÊNCIAS DA RENDA FAMILIAR

29

3.3

– DESEMPREGO

31

CONCLUSÃO

34

BIBILIOGRAFIA

36

 

 

Introdução

 

Neste trabalho, reúne informações a respeito de alguns aspectos referentes da inserção dos jovens brasileiros no mercado de trabalho. Onde os mesmos se encontram nos grupos de maiores dificuldades de iniciar sua vida profissional, o que justifica serem alvos de políticas específicas. Escolhi esse tema devido já ter passado por essa fase e por possuir vários amigos que estão iniciando sua busca pelo primeiro emprego.

 

No Brasil existem “[...] 24,1% de jovens desempregados entre 18 e 24 anos conforme pesquisa” (IBGE, 2016). Esses índices são geralmente agravados devidos o passado do adolescente, onde não se teve uma boa base na educação, afetando diretamente no seu desenvolvimento profissional na fase adulta, que depende literalmente de seus conhecimentos anteriores. Esses jovens se localizam em periferias, comunidades e lugares com menos recursos à educação e a cultura.

 

No capítulo I, podemos observar que exigências do mercado atual é que o profissional já venha pronto, para atender as expectativas da empresa. Treinar ou moldar geram custos e tempo, por tanto os recrutadores além de avaliarem as personalidades, fluências verbais, comportamento e outras características de avaliação para contratação, os mesmos buscam nos processos seletivos, profissionais que já possuem experiência anterior, visto que este profissional se adaptara mais rápido, em razão sobre o seu conhecimento já vivido, obterá uma produção mais acelerada. Analisamos também, a razão do tempo que uma pessoa leva no meio do desemprego e emprego. Com a história do mercado de trabalho, teremos noção das mudanças ocorridas até hoje, com base políticas, econômica e com os projetos sócios criados para criados para melhoria da entrada dos jovens brasileiros carentes. Numa fase política conturbada, encontrada no cenário do mercado de trabalho no ano 2000. Ao analisar a história, foi necessário citar o tempo verso emprego, que impacta com a demanda Jovial atual do mercado de trabalho.

 

É   apresentada no capítulo II, a desigualdade do nosso país em pleno século XXI, referente às classes sociais, “[...] atualmente 2,8 milhões de crianças e adolescentes estão fora da escola” (Todos pela Educação, 2016), isso significa dizer, que no futuro os jovens de classes menos favorecidas terão menos chances de possuírem uma boa posição no mercado de trabalho e consequentemente se tornarão profissionais insatisfeitos. Muito deles, largam seu meio de conhecimento que é a escola, para se submeterem algum trabalho inferior para contribuírem com alguma renda familiar. Porém infelizmente nem todos jovens citados anteriormente, que concluem a faculdade conseguem entrar na área estudada, devido à crise econômica que se encontra o Brasil.

  

No capítulo III é possível compreender que o jovem iniciante e despreparado, sofrera uma constante batalha no seu futuro, ele ira competir com outros jovens iguais a ele e com jovens de classes superiores, que possuem um aperfeiçoamento melhor, por terem tido oportunidade de estudarem em bons colégios. Uma formação boa, através de escolas com alto índice de reconhecimento pelo MEC (Ministério da Educação), pesa muito no currículo e possuir cursos extracurriculares facilitam também na conquista por um emprego. Porém os jovens de classe inferior não possuem essa bagagem, se tornando desleal a competição.

 

Outra imposição do mercado de trabalho são as qualificações primordiais, em algumas determinadas áreas, por exemplo, ter nível superior, inglês /espanhol, Excel, curso de vendas, telemarketing, técnico em alguma área, etc, ou seja, habilidades exigidas para que o profissional possa acompanhar junto com a empresa as mudanças futuras de mercado.

 

E por fim, será abordada a destinação da renda dos jovens brasileiros e sobre a estrutura familiar com a renda dos pais, que compactuam com grande influência no crescimento e desenvolvimento pessoal. Não deixando de analisar a triste realidade do desemprego do País.

 

CAPÍTULO I

 

A dificuldade dos jovens na inserção no mercado de trabalho

 

 

Hoje em dia, o mercado empresarial vem a cada dia mais exigindo de seus profissionais uma alta performace de desempenho, e o ideal é estar sempre preparado, para acompanhar os avanços tecnológicos e as mudanças de mercado. Porém os jovens que inicia sua vida profissional demoram possuir essas características por serem ainda imaturos ansiosos e não terem as experiências anteriores.

 

“[...] somente a postergação do ingresso do jovem no mercado de trabalho é condizente com os desafios da sociedade do conhecimento.” (Pochmann, 2007, p.25).

 

Conforme a pesquisa existe vagas, entretanto, o mercado está mais exigente e a gama de profissionais capacitados está maior.

 

“[...] Segundo a vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Paraná, Susane Zanetti, em alguns casos há milhares de interessados em uma vaga, e o filtro das empresas está cada vez mais restrito, colocando o jovem em desvantagem.” (ABRH-PR, 2013).

 

Ou seja, estar qualificado também não é uma certeza que conseguirá uma oportunidade rápida, pois além da barganhar com conhecimento é necessário ter a experiência para disputar a vaga, contratar inexperiente demanda tempo e custo financeiramente para empresa.

 

“[...] Se tem formação, mas não tem experiência, não participa de pelo menos 90% das vagas que existem no mercado. Isso é natural ressaltando que nem no comércio, que antes era considerado porta de entrada, está fácil de achar vagas para iniciantes.” (Franzosi,2009).

 

 

Como ter experiência sem ter oportunidade? Essas são umas das perguntas, que os jovens iniciantes de mercado tendem a querer saber. A todo tempo, atravessam sobre barreiras para conquistarem o primeiro emprego, quando não é experiência falta qualificação.

 

“[...] Há um ciclo vicioso entre pobreza, desigualdade e baixa qualificação que impede os jovens de aproveitarem as oportunidades do bom momento vivido pelo mercado de trabalho. É preciso um marco de políticas públicas que atenda a necessidade da juventude, e pense tanto na oferta de qualificação como na criação de uma demanda em áreas               com               trabalho                digno.”    (OIT,     2010).

 

1.1-História do mercado de trabalho


 

 

Com a revolução industrial iniciada na Inglaterra no século XVIII, iniciou se uma mudança mundial relacionada a economia no meio urbano,nas relações sociais e nas condições de vida dos trabalhadores. A troca de mão de obra operária, pelas máquinas provocou o deslocamento dos trabalhadores rurais para as grandes cidades, ocasionando um aumento de populacional, devido à procura de novos empregos.

 

As condições de trabalho na época eram bem precárias, os operários não possuíam direitos trabalhistas, trabalhavam de forma injusta para aumentarem os lucros das fabricas. E foi assim, através dessa percepção trabalhista, que começaram os movimentos que procuravam defender os direitos dos trabalhadores como, por exemplo, 1948 karl Marx,Friechic Engels e OTT Besmark e que tentavam reverter os absurdos impostos pelas empresas. Umas dessas reformas foi o Tratado de Versalhes, que garantiu a formação de um direito do trabalho mundial.

 

No Brasil, o trabalhador começou a exercer suas funções após a época da escravidão em 1888 e com a vinda dos imigrantes europeus. As condições trabalhistas do nosso país eram consideradas muito atrasadas, referente aos dos outros países. Por esse motivo, foi condicionado o primeiro sindicato dos trabalhadores na década XIX, onde se regulamentou o primeiro Decreto 1.313, de 1981, que previa os trabalhos infantis com a idade de 12 a 18 anos. A partir dessa lei estabelecida, foram criadas a CBT (Confederação Brasileira do trabalho), que revindicava todos os direitos operários.

 

Na era de Getulio Vargas, houve varias mudanças referentes às leis trabalhistas, uma delas foi após a revolução dos 30, com a criação do Ministério do trabalho, Indústrias e Comércio. E na primeira constituição em 1934, foi assegurada a liberdade sindical, salário mínimo, 8 horas de jornada, repouso semanal, férias entre outros. Através dessas condições criadas, houve a necessidade de se criar a implantação do código da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), reunindo todas as normas trabalhistas.

 

 

 

“[...] Este conjunto de mudanças gerou um aumento da “insegurança no emprego, da desigualdade salarial, desemprego estrutural, subemprego”, assim como gerou uma elevação dos índices de trabalho informal e “consequentemente uma diminuição do poder de negociação dos salários e de condições de trabalho por parte dos sindicatos”. (Sanden, 2005, p. 14)

  

Com o golpe de 1964, os sindicatos sofreram diversas repressões referente às greves implantadas para rever os direitos dos trabalhadores , decorrente disso foi implantado o decreto nº4.330 conhecido como lei antigreve.

 

Após a ditadura em 1985, as medidas foram se estruturando e no ano 1988 foram criadas modificações na questão da empregabilidade. O governo Federal contou com os recursos do fundo de Amparo ao trabalhador - FAT, para fomentar o mercado com melhorias nas condições trabalhistas como exemplo seguro desemprego, abono salarial, legislações trabalhistas, entre outros.

  

No ano 1995, houve a implantação do Plano Nacional de qualificação do trabalhador-PLANFOR pelo Ministério do Trabalho, onde se encontra o seguro desemprego, que ampara todos os trabalhadores demitidos sem justa causa. O Abono salarial, também foi estabelecido neste ano, com a regra de ser remuneração média mensal não superior a dois salários mínimos e o banco de horas (sistema de compensação de horas extras).

  

Mercado de trabalho hoje, ainda sofre com outras medidas criadas para reformular o setor previdenciário atual. Isso consiste em dizer que o jovem que tardia a entrada para o mercado de trabalho, terá um prazo bem maior de contribuição, se aposentando bem mais velho.


 

 

“[...] E o caráter altamente rotinizado e mecanizado das fabricas reforça a padronização dos produtos ao tornar as mudanças custosas e difíceis. Máquinas especializadas tem que ser mudadas, trabalhadores tem que adquirir novas qualificações e aprender a usar a autonomia.”

 

(Silva, 1990, p.36).

 

 

Referente ao setor empregatício, as empresas como no inicio da revolução industrial, hoje mais do que nunca, ela vem acompanhado o mercado tecnológico para predominarem junto com a concorrência. Seus empregados devem estar sempre atentos ao mercado, ou seja, se aperfeiçoando mais para atender, expectativa de das organizações, referente às mudanças.

 

 

 

“[...] Em síntese o mercado de trabalho é entendido como independente do funcionamento da economia, cabendo exclusivamente ao indivíduo adaptar-se ao contexto dos empregos existentes e procurar favorecer-se do seu próprio esforço e postura qualitativa, como forma de superação da concorrência em relação aos outros. Nesse caso a vítima do desemprego é identificada como responsável pelo próprio desemprego.” (Pochmann, 2007, p. 76).

 

 

1.2 - Projetos sociais

 

Desde anos 70 o mercado de trabalho vem acompanhado por uma crise econômica que prejudicou as pessoas a terem o acesso ao trabalho, à renda, aos bens sociais e à garantia dos direitos individuais e sociais básicos. Consequentemente nos anos 90 não foram diferentes, o ano foi marcado por aumento de dificuldades dos trabalhadores com menores escolaridades e qualificações. O raciocínio do governo, referente ao mercado era estimular o empreendorismo (acarretando empregabilidade) e a capacitação dos trabalhadores (aumentando a empregabilidade). Essa situação de crise econômica é definida por reformas do Estado, ajustes econômicos neoliberais e crescimento exponencial da automação e da tecnologia nos sistemas de produção, tudo isso afetava diretamente a contratação de mão de obra humana. Umas das iniciativas tomadas no Brasil, para dar oportunidades aos trabalhadores foi com a implantação do PLANFOR Plano Nacional de Qualificação do Trabalhador, que possuía o objetivo de dar qualificação e Requalificação aos profissionais de forma gratuita e com projetos oferecendo cursos pra a população economicamente ativa. Os eixos estratégicos de desenvolvimento no país eram nos Estados nos municípios que levavam as potencialidades dos mercados de trabalho regionais ou locais. Essas seriam condições necessárias para propiciar a permanência, inserção ou reinserção da PEA – População economicamente ativa no mercado de trabalho, ampliando também sua oportunidade de geração de renda.

 

Em 2003 houve a criação Programa Nacional de Primeiro Emprego (PNPE), que tinha como finalidade estimular as empresas contratarem jovens inexperientes em contra partida um incentivo financeiro por cada vaga criada. Os subsídios neste ano poderiam chegar a seis parcelas de R$200,00 por trabalhador, no caso de empresas com faturamento até R$ 1,2 milhões, e a seis parcelas de R$100,00, no caso de empresas maiores. Infelizmente na época, poucas empresas aderiram o plano pois alegaram que os jovens não tinham preparo. As empresas de pequeno e médio porte eram as mais interessadas nas contratações dos serviços, porém eram tantas burocracias exigidas para contratação que as mesmas acabavam desistindo. Existia também a dificuldade no critério exigido pelo PNEP na escolha do seu público alvo que era , os jovens que não tivessem vínculo empregatício anterior e que não houvessem concluído o ensino médio . “[...] Deixando de fora a grande parte de outros jovens carentes 4,7% dos jovens desempregados em 2003 e por 3,8% em 2007.” (BASTOS, 2009).

 

Em 2005 havia necessidades de mudanças nos planos. Por tanto o (PNPE) se atrela com os programas dos Consórcios Sociais da Juventude (CSJS), que possuíam o perfil de inserção de jovens no mercado para capacitação e a empregabilidade. O projeto se definia, com os mesmos públicos alvos anteriores, isto é, famílias pobres que frequentavam instituições de ensino. O planejamento era atingir os jovens quilombolas, afrodescendentes, indígenas e em conflito com a lei. Em 2005 também foi criado Outro programa Ação Juventude Cristã, ações para descentralizadas e concentrar em regiões com baixo índice de desenvolvimento humano. As organizações participantes eram contratadas pela prefeitura e o programa contava também com uma bolsa oferecida aos jovens.

 

Em 2005, foi criado o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem), objetivo elevar o grau de escolaridade, à conclusão do ensino fundamental e ao estímulo à qualificação profissional e à cidadania. Após esse projeto nasceu o ao passar o projovem urbano com prioridades em aumentar o público alvo entre jovens de 18 a 29 anos que não haviam concluído o ensino fundamental, projovem campo foi criado para ajudar jovens agricultores e o do trabalhador focado nos jovens desempregados com famílias de renda per capita de até um salário mínimo.

 

Todos os programas foram criados para tentativa do aumento da inserção dos jovens no mercado de trabalho, para que o mesmo passa ter uma elevação de escolaridade, qualificação profissional e a inclusão cidadã. É Necessário rever os direitos dos jovens, pois muito deles infelizmente não possuem acesso a esses benefícios. O governo precisava investir mais nestes estabelecimentos, nos processo de seleção dos cursos, na metodologia, na qualidade dos instrutores, na qualidade dos cursos e seus impactos sobre os jovens.

 

 

1.3 - Tempos x emprego

 

 

De acordo com o cenário atual do mercado de trabalho, os jovens vêm enfrentando obstáculos no inicio de suas carreiras. Alguns deles acabam atrasando sua entrada para poder se qualificar melhor, provocando o inicio cada vez mais tardio em busca de maiores remunerações. Em contra partida, os jovens que possuem baixa escolaridade, apresentam menores índices de tempo de desemprego, por aceitarem salários menores.

 

“[...] No Brasil os jovens brasileiros enfrentam varias dificuldades na busca do seu primeiro emprego, a taxa de desemprego entre os jovens é geralmente bem maior do que a população economicamente ativa”. (IPEA, 2003).

 

 

A elevação da taxa do desemprego, se separa por faixa etária de idade . Justificada pela simples realidade do mercado em preferir o profissional experiente, que apresentará rendimento mais rápido para empresa, do que aquele inexperiente que será necessário treina ló.


 

“[...] Para o período de janeiro de 2003 até setembro de 2010, a média da taxa de desemprego registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE sobre as seis principais regiões metropolitanas (RMs) brasileiras foi de 7,01%. Entre os indivíduos na faixa etária de 25 até 65 anos, 4,85% se encontravam desempregados nesse mesmo período, enquanto para os jovens com idade entre 18 e 24 anos as taxas de desemprego foram de 17,21%. Calculada nas regiões brasileiras Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.” (IBGE, 2003).

  

 

Através do parâmetro de Kaplan Meier, defini - se uma função que equipara o tempo que o individuo fica desemprego e o tempo que leva pra ele arrumar um emprego.

 

A probabilidade instantânea de o indivíduo deixar o desemprego em um determinado período t condiciona ao fato de que permaneceu desempregado até t.

 

 

MÉTODO EMPÍRICO

 

1)

 

  

F(t) é a função distribuição acumulada de T f (t) é a função densidade de probabilidade. A função sobrevivência S(t),

 

S(t) = 1 – F(t), fornece a probabilidade de que a duração do desemprego seja maior ou igual a t.

  

2)


3)

 

 

O estimador de Kaplan-Meier para a função sobrevivência é dado por:

 

 

 

 

 

Nr é o número de indivíduos que não saíram do desemprego e nem estavam censurados no período t r – 1.

  

Er é o número de indivíduos que transitaram do desemprego para o emprego entre os períodos t r – 1 e t r.

  

No primeiro gráfico acima, podemos observamos a correlação entre o emprego e desemprego com fator tempo, na maioria das vezes os jovens que obtiveram empregos anteriores passaram menos tempo em busca de um novo emprego.


18

 

 

 

 

 

Conforme o gráfico de Kaplan Meier após sessenta meses, os jovens que continuam a busca da sua oportunidade é de 34% (status desempregados),para jovens com experiência anteriores 17% permanecem desempregados enquanto indivíduos entre 25 a 60 anos de idade a chance de estarem sem emprego é de 18%.

 

 

 

“[...] Empregabilidade é a condição de ser empregável, isto é, de dar ou conseguir emprego para os seus conhecimentos, habilidades e atitudes intencionalmente desenvolvidos por meio de educação e treinamento sintonizados com as novas necessidades do mercado de trabalho.”

 

(Mineralli, 2001, p. 11)

 

 

Portanto, o candidato deve ter consciência de sua capacidade de adaptação, para obter empregabilidade. Se manter empregado depende do seu comportamento e de suas habilidades.


CAPÍTULO II

 

 

Educação é a solução para os jovens

 

 

O Brasil vem acompanhando o seu desenvolvimento econômico, consequência disso as empresa estão também crescendo com o avanço da globalização. Tornando as competitivas mundialmente, exigindo se um nível melhor na qualidade dos seus quadros profissionais. Por tanto além de analisarem, os requisitos primordiais numa entrevista como comunicação, interação pessoal, capacidade de resolver problemas, resiliência entre outros são analisados as qualificações do candidato. Neste momento as empresas avaliam os investimentos de estudos de cada profissional, em contra partida quem gastou mais terá como recompensa de um bom salário. Porém a realidade dos jovens brasileiros não é essa, muitos deles mal concluíram o segundo grau.

 

“[...] Somente 17% dos jovens que ingressam na escola conseguem alcançar o ensino médio, e destes somente 11% completam o ensino superior”. (POCHMANN, 2007, p.37).

 

 

“[...] No nível Brasil a maioria dos jovens entre 15 e 17 anos que não estão na escola sequer conseguiu concluir o ensino fundamental. São 52% dos 1,3 milhão de adolescentes nestas condições.” (Instituto Unibanco, 2016).

 

 

Através desses dados, podemos concluir que as maiorias desses adolescentes são de periferias, classes mais carentes, são aqueles que precisam largar os estudos para complementar com uma renda dentro de casa, ou seja, talvez não terão uma vida digna,por falta de oportunidades .

 

O problema começa com a nossa educação primaria que é precária e deficitária em vários aspectos.

 

A escola pública no Brasil, não prepara os jovens para o mercado de trabalho, além de terem de uma péssima estrutura para os alunos, os governantes não propõem boa qualidade de ensino, que diretamente influência no futuro de cada criança. A educação é base fundamental pra cada individuo sem ter base cultural e conhecimento o ser humano não chegara a lugar nenhum, inclusive não possuirá vida de encarreiramentos. As matérias básicas como português e matemática são empurradas na escola públicas, pelo sistema de aprovação automática. Ou seja, os alunos saem do colégio sem base alguma. Isso ira repercutir na sua fase adulta, quando chegarem pra realizar uma entrevista de emprego , não Saberão nem escrever uma redação sobre si próprio ou até mesmo operações básicas. Isso ira descartar- ló logo da vaga, devido o grau de deficiência escolar, sobrando somente os cargos que exigem menos de conhecimento. Outra forma que a educação impacta é os novos cargos que exigem faculdade. Pois os cursos de graduação determinam área especifica e a remuneração. Existem jovens que pode terminar o ensino médio e irem direto para a faculdade, terminaram sua vida acadêmica mais cedo, por tanto possuíram vantagens entre outros jovens da mesma idade que só possuem o ensino fundamental.

 

 

“[...] Se considerarmos apenas quatro anos de estudo (o analfabeto funcional) entre jovens de 15 a 24 anos de idade chegamos a 22% do total de jovens. De cada dez jovens somente seis são estudantes em nosso país. Se considerarmos o ensino superior, verifica-se uma restrita elite, apenas 13% dos jovens de 20 a 24 anos estão fazendo um curso superior”. (Organização Internacional do Trabalho, OIT, 2009).

 

 

As organizações desejam com a entrada de novos funcionários, inovações de capital humano, isso será possível se ele possuir uma boa bagagem acadêmica, então possuir ensino superior não é mais um diferencial e sim um requisito fundamental para as contratações atuais. Possuir outro tipo de conhecimento, equivale as contrações mais específicas de cada cargo como exemplo pós-graduações, mestrados e doutorados entre outras, todas enriqueceram o currículo do candidato se tornando raro e mais destacado.

 

 

“[...] A maior incidência de desemprego entre os jovens é vinculada a pouca qualificação. Portanto ainda que a economia esteja aquecida ocorre um desencontro entre as necessidades do mercado e a qualidade da mão de obra.” (Rodrigues, 2008, p.15).

 

 

Algumas áreas exigem do candidato uma segunda língua diferenciada do português nativo, como mais requisitada do mercado o inglês. Possuir conhecimentos em outros idiomas é considerado ter um diferencial para os investidores, facilitara na escolha dependendo do ramo da empresa.


Cursos técnicos além de aumentarem as capacitações dos jovens, oferecem estágios
que proporcionam oportunidades de treinarem seus aprendizados do curso, e para realmente conhecerem a prática daquela determinada área, facilitando assim, uma futura contratação mais rápida.

 

 

 

“[...] A educação só faz diferença no salário e na carreira do profissional quando é de boa qualidade. Isso explica por que muitos formados em cursos superiores ganham menos do que bons técnicos formados nas escolas técnicas de alta reputação.”

 

(Seminário sobre Educação e Formação de Mão de Obra para o Crescimento, 2012).

 

 

 

Todo inicio de carreira gera dúvidas e aflições para o futuro profissional, isso acontece, em alguns casos, devido a precoce entrada no mercado do trabalho. Sair da fase adolescente, para fase adulta geralmente é considerado o inicio dos conflitos, pois é nesse período que o jovem se depara com o que ele pretende fazer para mudar o seu futuro. O começo das responsabilidades e das novas atitudes cria um novo aspecto de pensar.

 

O diferencial da fase jovial é a facilidade em prender o novo. Possuem facilidades em dominações e integrações no novo mundo corporativo.

 

 

“[...] O jovem requer espaço e oportunidade para viver o seu tempo, munido de condições suficientes tanto para ampliar o tempo de não trabalho, associado ao processo educacional, bem como uma melhor preparação para o ingresso em condições adequadas no mercado. O jovem brasileiro tem garra e sabe o que quer.” (Pochaman. 2007, p. 114).

 

 

 

A cada vez mais as empresas, estão engajando seus funcionários de acordo com o cenário que a empresa se encontra. É fundamental, que os recém             chegados no mercado de trabalho, desenvolvam pensamentos críticos e soluções de problemas sobre os negócios da empresa, para se destacarem. Possuir capacidade de alterar sua rotina e se adaptar de maneira rápida a novos processos tornarão estáveis dentro da organização. Principalmente com o avanço acelerado da tecnologia nos ramos empresarias. Possuir somente diplomas, não é mais garantia de se manter empregado.

 

 

 

“[...] Para se manter no mercado de trabalho, devemos buscar sempre maiores conhecimentos, pois, com a globalização, praticamente todas as pessoas que querem ingressar numa faculdade conseguem,e se tornam graduados,ou seja,daqui apouco tempo será comum se ter uma graduação,e o diferencial passará a ser a pós-graduação, o doutorado, o mestrado,ter curso de idiomas,entre outros.” (Miquelin Jr. 2008, p.30)

 

  

2.1 - Trabalho precoce, futuro mais pobre

 

 

A entrada precocemente das crianças no mercado de trabalho, influência diretamente do futuro dos jovens brasileiros. Aqueles que já se encontram no mercado possuem a falsa ideologia que estão ganhando experiência, na realidade estão entardecendo os estudos e as qualificações. Futuramente não poderão competir com os que tiveram alguém para financiar os estudos.

 

  

“[...] Crianças que começaram a trabalhar antes dos 17 anos não alcançaram médias salariais superiores a R$ 1.500 até a faixa dos 59 anos. Os jovens que começaram a trabalhar após os 18 anos atingiram R$2.500. Uma pessoa terá 35% a mais de renda durante a vida se não trabalhou antes dos 9 anos. Os jovens que não trabalharam antes dos 18 anos podem ter um acréscimo de 85% no rendimento salarial. 68,6% dos meninos e meninas entre 7 e 17 anos que trabalham estão atrasados na escola.” ( OIT/IBGE,2010).

  

 

"[...] Esse é um ponto que precisa ser acompanhado mais de perto. São necessárias novas políticas públicas para dar condições de financiamento para esses jovens, neste período de inatividade durante os estudos, porque quem tem financiamento privado, pode se sustentar durante os estudos, acaba tendo melhores oportunidades. Essa diferença transforma o mercado de trabalho em uma reprodução das desigualdades da sociedade brasileira", (IPEA e Marcio Pochmann, 2010).

  

 

Essas condições associadas aos jovens iniciantes, nos mostra a grande dificuldade de escolha no início de uma carreira profissional. Alguns jovens mais carentes, não possuem opções de começar a trabalhar ou não trabalhar, nesse caso a necessidade fala mais alto. E é nesse novo ritmo, que em alguns casos, o trabalho pode atrapalhar, por exemplo: no desenvolvimento dentro da sala de aula, na estrutura física, psicológica e principalmente no seu futuro profissional. Se todas as respeitassem as leis determinadas para as contratações dos jovens, esse inicio de trajetória do primeiro emprego, não seria tão frustrado. O papel das organizações é assegurar o aprendizado e o auxilio profissional para os jovens. Mais infelizmente, não é assim que acontece, algumas empresas deixam de cumprir o seu dever de capacitação, para transformar jovens aprendizes em mão de obra barata, se aproveitando da real necessidade dos mesmos.

 

O ponto positivo do jovem que inicia sua vida profissional muito cedo é que ele amadurece mais rápido e aprende com mais facilidade a lidar com as responsabilidades do cotidiano no trabalho, comparado com os outros.

 

  

2.2- Jovens qualificados, porém sem emprego

 

 

O Brasil atualmente vem cercado por crises financeiras enfrentadas pelos seus estados, com esse ritmo a economia vem sendo abalada em todos os segmentos. Os mais impactados no momento são os trabalhadores, que sofrem na busca por um emprego para seu próprio sustento. Nesse meio, podemos observar que existem alguns jovens que preferem continuar estudando para alcançarem um encarreiramento melhor, porém as coisas não funcionam como deveriam ser o desemprego esta afetando até, quem estar com diploma na mão.

 

 

 

“[...] O país enfrenta a pior recessão em quase 90 anos, com previsão de queda de mais de 7% do PIB nacional entre 2015 e 2016.

 

desemprego geral passou nos últimos 12 meses, de 6,5% para 9%. Mas o salto foi de 14% para 19%, no mesmo período, para os brasileiros de 18 a 24 anos (pelo outro indicador do IBGE, a PME, a desocupação desse grupo já passou de 20% – leia o quadro). De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, o desemprego geral baterá em 12% em dezembro e passará dos 13% no fim de 2017. Caso se mantenha na mesma proporção que hoje, a taxa entre os jovens passará dos 27%. Mas a tendência é que o sumiço das vagas para essa faixa etária ocorra de forma ainda mais acentuada.” (Pnad e IBGE,2016).

 

 

FONTE: Estado mínimo, 2016

 

 

Com estes dados podemos observar a difícil realidade encontrada, pelos jovens brasileiros, os mesmos possuem uma expectativa ao entrarem na faculdade mais ao terminar o cursos descobrem que devem buscar outras alternativas em outras áreas mais acessíveis , para obterem uma oportunidade.

 

 

 

“[...] Para especialista, a gravidade dessa situação vai depender de quanto tempo o país vai Le- var para se reeger de recessão e esses jovens ficarão sem trabalho. Imagine alguém que se formou no ensino médio em 2015 e não encontra emprego até o fim deste ano. No inicio de 2017 ele vai competir com quem terá acabado de se formar em 2016. Agora, imagine se a crise levar mais um ano. Haverá o dobro de pessoas para concorrer”. (Regina Madalozzo, 2016).


O impacto da crise nas empresas faz com que haja redução de custo, consequentemente cortes nos quadros. E essas pessoas entrem novamente no mercado com menos vagas e mais profissionais disputando as mesmas oportunidades.

 

 

“[...] Crise não é apenas uma das questões que envolvem a necessidade de mudança de normas trabalhistas rígidas, mas também as novas tecnologias, o desemprego, a falta de criação de empregos, etc. É a crise uma das causas da flexibilização do Direito do Trabalho. A crise econômica , contudo , é uma companheira de viagem indispensável ,mas histórica, do Direito do Trabalho.”(Martins,2004,p.22,23)

 

 

Para manter funcionários de alta perfomarce é necessário pagar bons salários e tributações e nesse momento às organizações tentam evitar, para se manterem abertas. Mesmo com o cenário pouco estável as empresas continuam com ganâncias capitalistas, referentes aos negócios. A geração dos lucros é imprescindível para a vida financeira da organização, visto isso os segmentos tecnológicos ou mudanças mercadológicas, não pode deixar de ser acompanhadas devido à vasta concorrência. Tais mudanças que geram desemprego, devido à praticidade de substituir uma mão de obra, como exemplo: softwares, canais digitais alguns bancos já possuem gerentes on lines para falar com seus clientes e maquinário avançado em linha de produção.

 

“[...] ressalta que nossas vidas sofreram mudanças com o avanço tecnológico, em função da facilidade e comodidade que a tecnologia vem proporcionando ás pessoas.” Kotler (2009, p. 25)


 

CAPÍTULO III

 

Concorrência no mercado de trabalho entre os jovens de classes diferentes

 

 

A realidade jovial da população brasileira se encontra separada pelas diferentes classes sociais, que se dividem em baixa, média e altas, onde podemos observar que os jovens são classificados pelos seus parâmetros de conhecimento, nas contratações das empresas.

 

 

 

“[...] Laís Abramo destacou que a entrada dos jovens no mercado de trabalho é fortemente marcada pelas desigualdades sociais. Isso porque o trabalho é mais intenso entre os jovens das famílias mais pobres.” (OIT, 2014).

 

 

 

O jovem de classe mais favorável recebe desde início de sua vida estudantil, recursos oferecidos por boas escolas que consequentemente lhe oferecerá um nível de conhecimento bem melhor, do que um aluno de rede pública. Facilita bastante o aprendizado da criança até a fase adulta quando ele possui uma boa educação, pois o individuo estará bem mais preparado.

 

 

Nos processos de seleção, o recrutador ao realizar as entrevista, ele ira buscar o jovem que estiver mais preparado para aquela determinada vaga, se houver competição entre os candidatos de classes diferentes o mais qualificado será o escolhido, ou seja, o que possuir mais habilidade intelectual.Isso significa dizer , que o jovem de classe mais baixa, por ter menos acesso a informação teria menos chances de ser efetivado.

 

 

Os jovens que possuem condições para se capacitar, além de uma boa base escolar o mesmo terá acesso a tecnologias, línguas estrangeiras, cursos, acesso a cultura, base familiar com o foco em construir uma carreira e não um retorno financeiro,enquanto estiverem agregando qualificações ,ao contrario do jovem de classe inferior que desde muito cedo enxergam a necessidade de financiar financeiramente seus estudos ou a si próprio quando os pais não conseguem ajudar.

 

 

 

“[...] A necessidade de antecipar renda futura ou de ajudar no orçamento familiar tem pressionado os filhos, sobretudo os de famílias de menor renda, a terem uma passagem breve pela escola.” (Pochmann, 2007, p.63).

 

 

As diferenças entre os Jovens sobre as classes podem se observadas também pelas nas instituições de ensino, principalmente as faculdades.

 

 

 

 

“[...] Segundo a pesquisa cruzamento de dados de 59,9% dos estudantes de universidades públicas tem renda entre os 20% mais ricos da população. Por outro lado, os 20% mais pobres ocupam apenas 3,4% do total de vagas. Abrindo o leque, avaliando a parcela 60% mais pobre da população, apenas 17,1% são estudantes de universidades publicas. ”(IBGE, 2009)

 

“[...] Outra pesquisa avaliou a participação dos 20% mais pobres em instituições particulares e públicas, o total reduziu para apenas 0,9%.” (IBGE, 2009).

 

Possuir um diploma de uma Universidade pública faz toda diferença na busca do primeiro emprego. Muitas das vezes quem carrega diplomas de Instituições privadas são mal vistos nos processos seletivos. Porque, as organizações acreditam que o ensino é mais fraco e não atende a expectativa esperadas. Tem como público alvo na maioria dos alunos no período à noite, aqueles que chegam cansados pelo emprego diário, possuindo dificuldade em absorver algum conhecimento teórico.

 

 

A desigualdade e a oportunidade crescem juntas com os problemas sociais, os governantes do nosso País propõem muito pouco incentivo ao jovem brasileiro, uma situação que rege um ensino que não possui credibilidade nenhuma por não terem qualidade.Umas das alternativas para a mudança desse quadro, seria o aumento de vagas para cursos profissionalizantes que proporcionaria uma profissão para cada jovem que saísse do ensino médio e melhoria na base escolar, estaríamos oferecendo uma condição melhor , para sanar as diferenças. O desemprego e a informalidade não atingem apenas os jovens de baixa renda. É fundamental considerar as desigualdades de gênero e raça/etnia na análise do tema e na definição de políticas e estratégias para enfrentá-las.

 

 

3.1- Destinação das rendas

 

 

Para qualquer individuo, a importância do salário gera a satisfação e comprometimento de quem recebe. A motivação por receber uma remuneração adequada gera resultados mais eficazes e rentáveis para empresa. Além da necessidade de recursos financeiros, os comportamentos dos funcionários são ligados também ao clima corporativo, aos benefícios e a estrutura da organização. As empresas que oferecem esses tipos de recursos esperam uma “fidelização” dos funcionários, referente a tempo de serviço também.

 

É    através da remuneração, que o jovem consegue sua independência ou seu complemento familiar.

 

“[...] A remuneração é o principal item de satisfação dos jovens que trabalham, é através dela que o individuo conquista seu espaço na sociedade e complementa suas necessidades individuais.” (IBGE, 2016)

  

 

27% - entre 1 e 2 salários mínimos

 

26% - até 1 salário mínimo

 

24% - entre 2 e 3 salários mínimos

 

19% - mais de 3 salários mínimos

 

3% - não responderam

 

1% - não é remunerado

 

 

 

O destino do salário

 

57 % - Parte do que ganham entra no orçamento familiar

 

30% - Ganham só para si

 

9% - Tudo o que ganham entram no orçamento familiar

 

3% - Não responderam

 

 

É    através da remuneração, que o jovem consegue sua independência ou seu complemento familiar. Conforme os índices anteriores, os jovens que destinam sua renda para orçamento familiar é a maior quantidade, pois nessa estatística estão os jovens mais carentes e com menos grau de instruções.

 

 

3.2-Influência da renda familiar

 

 

A renda familiar doméstica influencia diretamente na formação do ser humano. Os jovens que possuem pais com renda inferior, difícil será ter acesso uma boa qualidade de ensino. Os índices abaixo nos mostra a grande relação da renda com o segmento educação.

 

“[...] Em 2008, 90,4% das crianças e dos jovens entre 4 e 17 anos estavam na escola no Brasil. Entretanto, entre as famílias que se declaram sem rendimento, ou seja, que sobrevivem de serviços temporários ou doações, a taxa de atendimento cai para 81%. Entre as famílias com renda mensal de cinco salários mínimos ou mais, 97% da população nessa faixa etária frequentam a escola.” (Ramos, 2006,p.20).

 

 

 

O jovem bem sucedido hoje é aquele que trás conhecimento e estar bem atualizado com as demandas mundiais. Estar bem preparado com base curricular é importante, pois é o primeiro requisito que a empresa irar identificar para uma contratação ou uma eliminação numa entrevista. Boas maneiras, comportamento e acesso a cultura são bases introduzidas pelos pais, enquanto o jovem não pode trabalhar. Acervo aqueles, que depende da situação financeira dos pais.

 

 

 

 

Conforme os dados abaixo do IBGE, até mesmo a escolaridade dos pais influenciam nas carreiras dos filhos, estudo afirma que afirma que o desenvolvimento adquirido com a escolaridade explica somente parte do sucesso econômico.

 

 

“[...] O estudo foi feito com dados coletados na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) em 2014”. Segundo o IBGE, os rendimentos médios das pessoas sem instrução aumentam, em geral, conforme é maior o nível de instrução dos pais.

 

Por exemplo, o rendimento de uma pessoa de 25 anos ou mais, sem instrução, variava R$ 1.607 dependendo do nível educacional do pai:

 

Pai sem instrução: rendimento era de R$ 717;

 

Pai com nível superior completo: rendimento era de R$2.324;

 

Nas famílias em que os pais possuíam no mínimo o diploma da faculdade, 69,1% dos filhos também conseguiram terminar a graduação. Esse percentual cai muito quando o pai não é alfabetizado, apenas 4% dos filhos que conseguem terminar o ensino superior. “(IBGE, 2014).

 

 

Com essas informações podemos concluir que a base educativa vem muito além dos princípios jovens, vem das suas origens, oportunidades oferecidas.

 

 

 

 

“[...] Entre os trabalhadores sem carteira assinada, quase a metade dos filhos começou a trabalhar antes dos 13 anos: 46,6%.

 

Outros 35,9% tiveram o primeiro emprego antes de completar 18 anos.” (IBGE, 2014).

 

  

No caso acima os dados nos mostra, que os adolescentes que necessitam complementar a renda em casa, entram mais cedo no mercado de trabalho, devido os pais não possuírem carteira assinada como uma renda fixa ou atuam como autônomos com uma renda imprevisível. Quando a renda familiar é muito baixa, as famílias dependem do trabalho de seus membros mais jovens e, com isso, deixam de investir na educação dos filhos e optam por colocá-los no mercado de trabalho de forma precoce.

  

  

A questão estrutural do Brasil infelizmente é a desigualdade, compreendem as políticas sócio econômicas que estendem como fatores primordiais para o desenvolvimento da população. Uma vez que, houvesse renda justa e acesso de boa qualidade ao ensino publico, todos teriam uma qualidade de vida melhor.

 

3.3- Desemprego

 

 

É  possível conceituar o desemprego como falta de trabalho ou oportunidade no sistema econômico. Relacionada à vida dos trabalhadores é prioridade extrema para o sustento das famílias, as ações ocasionada atuam diretamente e indiretamente na vida dos seres humanos.

 

“[...]O desaparecimento dos empregos é, a cada mês que passa, cada vez mais uma “mudança que já aconteceu”. Também é uma mudança que pode ser explorada por pessoas e organizações que saibam como fazê-lo. Mesmo que você não tenha uma mentalidade voltada à inovação, precisa lidar com essa mudança, porque é uma dessas mudanças no ambiente socioeconômico que, com toda a certeza, deixará obsoletas as pessoas e instituições que a negarem.”

 

(Bridges ,1995, p.33).

  Fonte: G1.COM

 

Esse gráfico nos revela os parâmetros dos desempregos envolvidos mundialmente, não é apenas o Brasil que sofre com esse problema, mais sim o mundo todo. Ele se encontra infelizmente no 7º lugar no ranking com 51 países analisados.

 

 

 

 

“[...] Rifkin (2004, p. 5): Mesmo as nações em desenvolvimento estão enfrentando o desemprego tecnológico à medida que empresas multinacionais constroem instalações de produção com tecnologia de ponta em todo o mundo, dispensando milhões de trabalhadores de baixa remuneração, que não podem mais competir com a eficiência de custos, controle de qualidade e rapidez de entrega, alcançadas com a produção automatizada. Em um número cada vez maior de países, as notícias chegam repletas de novidades sobre produtividade enxuta, reengenharia, gerenciamento da qualidade total, pós-fordismo, demissões e redução das estruturas.” (Rifkin ,2004, p. 5).

 

  

Para analisar cada questão do desemprego, podemos dizer que as causas do desemprego pode variar, de acordo com as teoria de Passos e Nogami no livro Princípios de economia (2005), são pelo menos 4 (quatro) tipos de desemprego . que são:

 

A maior incidência de desemprego entre os jovens é vinculada a pouca qualificação. Portanto ainda que a economia esteja aquecida ocorre um desencontro entre as necessidades do mercado e a qualidade da mão de obra. (Rodrigues, 2008, p.15).

 

 

Desemprego Friccicional ou natural

 

Consiste nos indivíduos desempregados temporariamente.

 

Exemplos: Mudanças de emprego, demissões ou que estão em busca do primeiro emprego. O tempo estimado do desemprego vai depender da pessoa em arrumar outro trabalho.

 

 

Desemprego estrutural

 

Nesse conceito, o desemprego não depende totalmente do individuo.

 

Exemplos: As mudanças tecnológicas, econômicas e diminuição de demanda consumidores.

 

 

Desemprego Sazonal

 

Esse desemprego é sazonal, empresas que só dependem de mão de obra em algum determinado momento do ano.

 

Exemplo: Safra rural o emprego tem quem viver se deslocando para colher em outros lugares.

 

 

Desemprego Cíclico (involuntário ou conjuntural)

 

É  considerado o mais sério, ocorre quando se tem uma recessão econômica. Exemplo: As empresas são obrigadas a dispensarem os funcionários.

 

 

 

 

“[...] Um dos efeitos da globalização é a introdução de novas tecnologias

e de novas formas de organização e de gestão para elevar a

produtividade, que são acompanhadas normalmente por uma redução

do emprego”. A nova estrutura empresarial é no sentido de aumentar a

competitividade do seu negócio, aumentando o nível de valor adjunto e

 

diminuindo o custo do trabalho.”

(Sanden, 2005, pág. 2).

 

 

CONCLUSÃO

 

 

O começo da entrada dos jovens no mercado de trabalho, hoje em dia não esta nada fácil! Existem muito critérios exigidos pelas empresas, para encontrar um bom profissional de mercado. As organizações solicitam dos jovens candidatos, varias qualificações especificas e seletivas no meio de um processo para contratação. E nessa ação os mais prejudicados, sãos os jovens de classe menos favorecidas, por não terem muito acesso a informação e conhecimento.

 

 

Através da história do mercado de trabalho, podemos observar as vastas mudanças que ocorrerão da época da escravidão até as datas de hoje, que influenciaram com grande importância melhoria das condições trabalhistas , usufruídas por nós atualmente.

 

 

Alguns projetos sociais iniciados na década 2000 tiveram como grande finalidade a captação dos jovens mais carentes, com objetivo de oferecer cursos profissionalizantes para aumentarem as oportunidades de emprego. Garantindo o aperfeiçoamento nas áreas e experiência que tanto as empresas requisitam. Muitos desses projetos, não possuem ajudar governamental e isso restringe o acesso para os jovens, devido a pouca estrutura. Existe alguns casos, que alguns projetos que recebem verbas do governo,mais são mal administrados e acabam extraviando os recursos financeiros para outro lugar, prejudicando quem mais precisa os jovens.

 

 

Podemos concluir também, através das teorias de Kaplan Meier que o tempo do desemprego se torna maior do que o tempo empregado e que os empregados com experiências anteriores ficam menos tempo a procura de um emprego. Através dessa interpretação, reforçamos a triste demora a um cidadão arrumar um emprego, onde as contas do fim de mês não se esperam.

 

  

Temos um grande problema no Brasil, relacionados aos jovens de classe baixa. A dispersão do inicio escolar e o péssimo ensino nas escolas publica, oferecido pelos nossos governantes. Muitas crianças e adolescentes, ainda se encontram fora da escola, aumentando o analfabetismo e a impotência de um emprego digno na sua fase adulta.

 

Em reflexo disso, podemos dizer que infelizmente, os que conseguem ter um bom ensino e terminam sua faculdade, no momento atual de crise ,passam a ter mais dificuldades de arrumarem o emprego na área graduada.

 

A competição entre os jovens que estão tentando ser inseridos no mercado funciona de acordo com seu grau de competência acadêmica e experiência anterior. Isso significa dizer, que quem se dar melhor em uma entrevista de emprego é quem possui um melhor diploma (por exemplo, as Universidade públicas sãos as mais requisitadas, pelas

 

Entidades de mercado), os que possuem as melhores qualificações de mercado (cursos/idiomas) e as experiências anteriores, que tornam os profissionais pronto para atuarem.

 

A renda é considerada a mais importante recompensa de um trabalhador, podemos verificar que com os jovens isso não é diferente. O destino da remuneração vai ser equiparado com a necessidade, estilo, classe social e inclusive com estrutura familiar. O grande crescimento dos jovens dependem da vida financeira dos pais, pois o primeiro acesso a qualidades de ensino , a cultura ,a bons livros serão pagos por eles,influenciando diretamente no futuro .

 

 

Falta mais estimulo dos governos para mudar esse cenário, aumento de incentivos fiscais paras empresas privadas comparecerem mais com oportunidades, mais repasse de dinheiro e controle sobre esses projetos joviais que incentivam muito o jovem brasileiro e mudança na base escolar, fornecendo um melhor ensino e aumento de vagas nas instituições públicas. O nosso país, precisa mudar em muitos aspectos, porém se essas soluções fossem colocadas em prática iniciaria uma boa melhorar para o futuro das nações “os jovens brasileiros”. Com a educação em dia, o Brasil andaria pra frente.

 

 

BIBLIOGRAFIA

 

 

 

BRIDGES, William. Mudanças nas relações de trabalho: como ser bem sucedido em um mundo sem empregos. Editora: Makron Books, São Paulo 1995.

 

 KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle. Editora Atlas,São Paulo 2009.

  

Martins, S.P. Flexibilização das condições de trabalho. Editora: Atlas, São Paulo 2004.

 

MINARELLI, José Augusto. Networking: Como utilizar a rede de relacionamento na sua vida e na sua carreira. Editora: Gente, São Paulo 2001.

  

Miquelin, Jr. Capacitando o Jovem para o mercado de trabalho. Editora: Texto novo, São Paulo ano2008.

  

Pochmann, Marcio. A batalha pelo primeiro emprego. Editora: Publisher, São Paulo ano2007.

 

 Ramos, Mozart Neves. A educação Sustentável. Editora: Atlana, Belo horizonte, 2006.

 

 

Rifkin, Jeremy. O fim dos empregos: o contínuo crescimento do desemprego em todo o mundo. Editora: M.Books,São Paulo 2004.

  

Sanden , Ana Francisca Moreira de Souza. A mulher e o mercado de trabalho no Brasil. Editora :Globalizado,São Paulo ano 2008.

  

Silva, G.E.B. O fim do Laissez – faire . Valor econômico, ano 2010.

 

SITES DE BUSCA:

 

http://www.ct.utfpr.edu.br/deptos/ppgpgp/documentos/III_fimlaissezfaire.pdf

 

 

http://economia.uol.com.br/empregos-e-

 

carreiras/noticias/redacao/2016/05/19/desemprego-entre-os-jovens-de-ate-24-anos-

 

chega-a-241-diz-ibge.htm

 

Acesso 11 JAN 2017

 

 

https://educacao.uol.com.br/noticias/2016/01/19/brasil-tem-28-milhoes-de-criancas-e-adolescentes-fora-da-escola.htm

 

Acesso 11 JAN 2017

 

 

http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2014/03/apesar-do-aumento-de-vagas-jovens-tem-dificuldades-para-o-1-emprego.html

 

Acesso 11 JAN 2017

 

 

http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/noticia/2009/07/por-que-o-jovem-sente-dificuldade-para-entrar-no-mercado-de-trabalho-2598832.html

 

Acesso 11 JAN 2017

 

 

http://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/mercadodetrabalho/bmt55_nt01_transicoes.pdf

Acesso 13 JAN 2017

 

  

http://educacao.uol.com.br/noticias/agencia-estado/2016/02/26/maioria-dos-jovens-fora-da-escola-nao-concluiu-o-fundamental-mostra-estudo.htm

 

Acesso 13 JAN 2017

 

  

http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/as-exigencias-do-mercado-de-trabalho

 

Acesso 13 JAN 2017

 

 

http://www.buscajovem.org.br/noticias/comecar-a-trabalhar-muito-cedo-reduz-chances-de-conseguir-bons-salarios-no-futuro-avalia-onu

 

Acesso 10 DEZ 2016

 

  

http://www.oitbrasil.org.br/content/jovens-no-mercado-de-trabalho-desigualdade-social-permanece

 

Acesso 10 DEZ 2016

 

 

 

https://www.tiagogouvea.com.br/o-perfil-dos-estudantes-de-universidades-publicas Acesso 15 JAN 2017

 

  

http://www2.uol.com.br/aprendiz/guiadeempregos/palavra/jbotelho/ge140202.htmAcesso 15 JAN 2017

 

 

 http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=17346 Acesso 16 JAN 2017

 

 http://www.josepastore.com.br/artigos/em/em_156.htm

 

Acesso 17 JAN 2017

  

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392004000400006 Acesso 19 JAN 2017

 

http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/04/cresce-o-desemprego-entre-jovens-com-qualificacao.html

 

Acesso 02 FEV 2017

 

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/03/1746926-taxa-de-desemprego-entre-pessoas-de-18-a-24-anos-dispara-e-ameaca-geracao.shtml

 

Acesso 02 FEV 2017

 

  

https://noticias.terra.com.br/educacao/renda-familiar-influencia-o-acesso-a-educacao-mostra-estudo,a24937dabd9ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

 

Acesso 03 FEV 2017

 

https://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2016/11/16/escolaridade-dos-pais-influencia-sucesso-profissional-dos-filhos-diz-ibge.htm

 

Acesso 03 FEV 2017

 

http://estadominimo.com/o-legado-de-dilma-rousseff-em-13-graficos/

 

Acesso 03 FEV 2017

 

http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/08/desemprego-no-brasil-e-o-7-maior-do-mundo-em-ranking-com-51-paises.html

 

Acesso 03 FEV 2017

 

LIMA, Juliana Ferreira dos Santos. INSERÇÃO DO JOVEM NO MERCADO DE TRABALHO. Monografia submetida ao curso de pós-graduação da Universidade Candido Mendes, como requisito obrigatório para obtenção de especialidade em Recursos humanos. Rio de Janeiro 2017.

Voltar